terça-feira, 13 de setembro de 2011

Entenda as novas mudanças


Após várias tentativas de se unificar a ortografia da língua portuguesa, a partir de 1º de janeiro de 2009 passou a vigorar no Brasil e em todos os países da CLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa) o período de transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31 de dezembro de 2012.

Algumas modificações foram feitas no sentido de promover a união e proximidade dos países que têm o português como língua oficial: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal.

No primeiro dia de 2009 entrou em vigor o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que no Brasil, padroniza uso do hífen e traz mudanças na acentuação. O Ministério da Educação estima que 0,5% do vocabulário brasileiro será alterado. A população terá até o fim de 2012 para se adaptar às novas regras. E a nova ortografia será a única considerada correta.

O texto do Acordo, no entanto, não esclarece a grafia de uma série de palavras. Segundo a ABL (Academia Brasileira de Letras), a definição só sairá com a publicação de um novo Volp ("Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa"). Com a função de registrar a forma oficial de escrever as palavras, o Volp só deve ser publicado em fevereiro, com cerca de 300 mil termos.
Com o Acordo, o alfabeto passou a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y".
            

                                              SAIBA O QUE MUDA NA ORTOGRAFIA




                                                                                                              Arte/ Folha


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Memórias

                                                         Resgatando lembranças

"A minha árvore", assim eu o chamava, lindo, alto, forte, com seus galhos caídos. Estava lá desde que o plantei. Era uma muda bem pequena...
Durante o dia, eu o olhava banhado pela luz do sol. E quando chegava a hora do sol se pôr, deixando o céu todo tingido de cor-de-rosa e amarelo, lá estava ele, imóvel, com suas profundas raízes que eu só podia imaginar e que me faziam crer que jamais me deixaria.
Nas noites enluaradas e céu estrelado, eu gostava de ficar à janela, apreciando o contorno dos seus mil galhos, encostando ao chão.
Meu salso-chorão (que na verdade nunca foi meu, porque as árvores não têm dono) ficava ao lado da minha casa e fazia parte do meu jardim.
Mas um dia teríamos que tirá-lo dali, já que precisávamos de uma garagem grande, cuja entrada teria de ser calçada com basalto.
Hoje em dia, quem gasta um minuto do seu tempo para admirar uma árvore? Que direito tinha eu de interferir nessa modificação, se era para melhorar?
E o meu salso-chorão continuava ali, exuberante, com sua longa cabeleira, alheio a todos esses planejamentos, sem saber do seu iminente destino...
E um dia ele se foi. Nem vi quando foi cortado. Quando voltei para casa, nem quis olhar para o lugar onde ele estava. Mas me restava ainda uma secreta esperança de que ele ainda se encontrava ali, no mesmo lugar...
E hoje tenho muita saudade, porém ele continua vivo dentro de mim, na minha imaginação e nas fotografias.
E eu continuo admirando e amando as árvores, esses seres tão calados, mas que dizem tanto!...
E quando o céu se tinge de amarelo e cor-de-rosa, ele vem povoar minhas lembranças.
 
                                                                                                   ( Tânia Regina Fontoura Almeida)