terça-feira, 21 de agosto de 2012

Uma brincadeira que não tem graça



Todos os dias, alunos no mundo todo sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de “brincadeira”. Estudos recentes revelam que esse comportamento, que até há bem pouco tempo era considerado inofensivo e que recebe o nome de bullying, pode acarretar sérias consequências ao desenvolvimento psíquico dos alunos, gerando desde queda na autoestima até, em casos mais extremos, o suicídio e outras tragédias.
Bullying é um termo em inglês (bully – “valentão”) utilizado para descrever formas de violência verbais, físicas ou psicológicas, intencionais ou repetitivas praticado por um indivíduo ou um grupo para intimidar o outro indivíduo incapaz de se defender.
O bullying pode ser dividido em dois tipos: o bullying direto, a forma mais comum entre agressores masculinos; e o bullying indireto, forma mais comum entre as mulheres e crianças, sendo sua característica o isolamento social da vítima obtido por espalhar comentários, recusa em se socializar com a vítima, intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima, criticar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos como etnia e religião. Além desses meios utilizados pelo agressor, outros também são considerados como agressões como insultar a vítima, ataques físicos, danificar pertences e expressões ameaçadoras.
Por ser um problema mundial, vem ganhando grande espaço em discussões de especialistas em educação e outros profissionais que estão em campanha para diminuir sua incidência nos vários ambientes em que ele acontece ou pode acontecer, como escolas, locais de trabalho, em casa, ambientes militares e de política e até mesmo em ambientes públicos.
Quem nunca foi zoado ou zoou alguém na escola? Risadinhas, empurrões, fofocas, apelidos como “bola”, “rolha de poço”, “quatro-olhos”. Todo mundo já testemunhou uma dessas “brincadeirinhas” ou foi vítima delas. Mas esse comportamento, considerado normal por muitos pais, alunos e até professores, está longe de ser inocente. Traduzido ao pé da letra, seria algo como intimidação. Trocando em miúdos: quem sofre com o bullying é aquele aluno perseguido, humilhado, intimidado.

Existem cinco tipos de bullying, os quais passamos a descrever com pequenos exemplos:
  • Verbal: chamar nomes, ser sarcástico, lançar calunias ou gozar com alguma característica particular do outro;
  • Física: pontapear, bater (ou qualquer outro tipo de violência física);
  • Emocional: excluir, amedrontar, ridicularizar e ignorar (este por vezes é pouco nomeado nas estatísticas, mas está provado que é tão, ou mais importante, que os outros);
  • Racista: todo o tipo de ofensa que resulta da cor da pele, de diferenças culturais, étnicas ou religiosas;
  • Cyberbullying: utilizar tecnologias de informação e comunicação (Internet e telemóvel) para hostilizar, deliberada e repetidamente uma pessoa, com o intuito de  magoá-la.

A  Escola e a família devem compartilhar de uma parceria em que o diálogo , a orientação, a educação e a afetividade sejam os instrumentos utilizados para desenvolver relações de respeito mútuo, tendo como foco as relações humanas. Está na hora de todos terem consciência da necessidade de construirmos uma vida digna, onde não exista mais lugar para violência.
Há uma violência explícita, que está nas ruas, nos bairros, nas cidades e, muitas vezes, dentro das próprias casas. Uma briga entre "amigos" é uma forma de violência, uma discussão mais alterada é também uma forma de violência. A falta de respeito com a natureza  também não deixa de ser uma forma de violência.
Vamos praticar a paz em seu sentido mais amplo, mesmo que seja em pequenas atitudes, como separar uma briga entre amigos, não jogar lixo pelo chão. não maltratar pequenos animais.



Certas atitudes simples e pequenas, em prol da paz tão desejada, nos tornam grandes e poderosos na preservação dos verdadeiros valores da vida.



                                               
Para servir de estímulo, este texto de Karla Bardanza.
                                 GENTILEZA
“GENTILEZA GERA GENTILEZA” assim como a mágica gera o encanto. Nada como um sorriso, um aperto de mão, nada como um “Bom dia!” para aquecer um coração, destruir barreiras, quinas e nãos.
Gentileza gera uma corrente do bem, faz um anônimo sentir-se alguém, faz com que o outro perceba que você se importa, é o bem-querer em ação.
Quem não gosta de ouvir “Oi, Meu Amor, como você está?”; quem não gosta quando alguém lhe cede o lugar? É maravilhoso quando alguém diz: “Você está linda!”, não é?
Assim conquistamos um mundo mais solidário, menos alienado, menos sórdido. Afinal de contas, a vida é a parte da delicadeza, é a eterna surpresa dos sonhos.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Entre nesse Universo



Um livro é como uma janela. Quem não o lê, é como alguém que ficou distante da janela e só pode ver uma pequena parte da paisagem.
Khalil Gibran



A pessoa que lê conhece o mundo e conhecendo-o terá condições de atuar sobre ele, modificando-o e tornando-o melhor.
Quem lê, além de enriquecer seu vocabulário, abre seus horizontes, entra em contato com pensamentos e opiniões diversas, ampliando e integrando conhecimentos, com diferentes pontos de vista. Por meio da leitura, o ser humano cresce e conhece o universo, disciplinando a mente e alargando a consciência, descobrindo a maneira de aprender a ler a vida, ler no sentido de interpretar, observar, refletir etc. Porém, se somente ler um grande número de obras apenas decodificando caracteres e não conseguir ler o seu entorno, dificilmente crescerá na “escola da vida".
Ler também é estimulante. Tal como as pessoas, os livros podem ser intrigantes, melancólicos, assustadores, e por vezes, complicados. Os livros partilham sentimentos e pensamentos, feitios e interesses. Nos colocam em outros tempos, outros lugares, outras culturas; em situações e dilemas que nós nunca poderíamos imaginar que encontrássemos. Os livros nos ajudam a sonhar, e nos fazem pensar.
Alguns livros são simplesmente melhores que outros. Alguns autores veem com mais profundidade o interior de personagens estranhas, e descrevem o que eles vêem e sentem de uma forma mais real e efetiva. As suas obras podem exigir mais dos leitores: consciência das coisas implicadas em vez de meramente descritas, sensibilidade às nuances da linguagem, paciência com situações ambíguas e personagens complicadas, vontade de pensar mais profundamente sobre determinados assuntos. Mas esse esforço vale a pena, pois estes autores podem proporcionar aventuras que ficam na nossa memória para toda a vida.
Relativamente aos escritores em si, é difícil muitas vezes começar a ler livros de um novo escritor, o que nos leva a desistir ao fim de poucas páginas. É essencial perseverar. A maioria da boa escrita é complexa. E é precisamente essa diversidade e complexidade que faz da literatura uma atividade recompensatória e estimulante.



“Quem lê constrói sua própria ciência” (João Álvaro Ruiz).
O que é ler? Qual a importância da leitura? Quais procedimentos práticos para uma leitura eficiente? Questões óbvias, que pela sua evidência pouco são problematizadas.
Etimologicamente, ler deriva do latim “lego/legere”, que significa recolher, apanhar, escolher, captar com os olhos. Nesta reflexão, enfatizamos a leitura da palavra escrita.  Caso contrário, ela será um processo mecânico de decodificação de símbolos”. Logo, todo o ser humano é capaz de ler e lê efetivamente. Assim, tanto lê o conhecedor dos signos linguísticos/gramaticais, quanto o camponês, “não letrado”, que, observando a natureza, prevê o sol  e  a chuva.
 Investigações atestam que o sucesso nas carreiras e atividades na atualidade, relacionam-se, estreitamente, com a hábito da leitura proveitosa, pois além de aprofundar estudos, possibilita a aquisição dos conhecimentos produzidos e sistematizados historicamente pela humanidade.
O objetivo maior ao proceder à leitura de uma determinada obra consiste em aprender, entender e reter o que está lendo.
 É preciso saber ler, ler muito e ler bem. Considerando apropriações de estudos realizados com o intuito em aperfeiçoar o hábito de leitura, elencamos alguns aspectos e/ou habilidades que julgamos pertinentes, nesta perspectiva:

- Ler com objetivo determinado, isto é ter uma finalidade. Saber por que se está lendo;

- Ler unidades de pensamento e não palavras por palavras. Relacionar idéias;

- Ajustar a velocidade (ritmo) da leitura ao assunto, tema e/ou texto que está lendo;

- Avaliar o que se está lendo, perguntando pelo sentido, identificando a ideia central e seus fundamentos;

- Aprimorar o vocabulário esclarecendo termos e palavras “novas”. O dicionário é um recurso significativo. No entanto, palavras-chave, analisadas no contexto do próprio assunto em que são usadas, facilita a compreensão;

- Adotar habilidades para conhecer o livro, isto é, indagar pelo que trata determinada obra;

- Saber quando é conveniente ou não interromper uma leitura, bem como quando retomá-la;

- Discutir com colegas o que lê, centrando-se no valor objetivo do texto, visto que “o diálogo é a condição necessária para a indagação,  para a troca de saberes.

- Adquirir livros que são fundamentais (clássicos), zelando por uma biblioteca particular, assim como, frequentar espaços e ambientes que contenham acervo literário, por exemplo, bibliotecas;

10º - Ler assuntos vários. Não estar condicionado a ler sempre a mesma espécie de assunto;

11º - Ler muito e sempre que possível;

12º - Considerar a leitura como uma atividade de vida, não desenvolvendo resistências ao hábito de ler.